Olhando a capa acima, antes mesmo de ouvir, você já deve estar instigado a baixar este CD. Uma das mais belas capas nacionais deste ano. Todas as cores parecem convergir e divergir ao mesmo tempo da cabeça do artista, numa conotação ao extenso mosaico de sons, influências e vertentes explorados por ele. E o melhor é saber que o conteúdo que ela embala é o novo álbum do Curumin.
Após 9 e 4 anos após "Achados e Perdidos" e "JapanPopShow" respectivamente, sua extensa e intensa massa de fãs aguardava ansiosamente o lançamento de mais um trabalho, que finalmente veio. Embora tenha vazado alguns dias antes, o link oficial do músico só foi lançado ontem (30/04) e nós respeitamos isto. Rolam alguns rumores que este trabalho já estava pronto há algum tempo, mas por conta do nascimento do seu filho, ele segurou a onda pra não cair na estrada logo nos momentos iniciais da vida do moleque, o que é muito digno. Ainda segundo as mesmas conversas, ele neste tempo não parou de criar, o que é bem provável. Uma cabeça pensante altamente criativa como a dele, não pára mesmo. Nunca. Então, além desta joia que você agora tem nas mãos, saiba, Curumin sempre tem outra mais.
O paulistano, que é baterista de origem e já tocou com metade dos bons músicos brasileiros ou mais, chega a seu terceiro trabalho autoral e independente com maturidade e firmando seu próprio caminho, que não segue um fio condutor. Ele novamente experimenta, arrisca, une estilos, elementos, programações, e apresenta um álbum diferente de tudo que já foi lançado até agora no Brasil. Duvido você fazer uma boa comparação direta ao trabalho dele.
Gravado e produzido em casa, "Arrocha" tem participações de Céu, Russo Passapusso (BaianaSystem e Bemba Trio), e Guizado, que complementam (ou suplementam?) adequadamente as canções do plural músico. A conhecida leveza (no melhor sentido) do som dele pode ser ouvida em "Paris Vila Matilde" e "Pra Nunca Mais" e o flerte com o pop se dá em "Passarinho", de fácil assimilação. O reggae e dancehall seguem presentes neste disco, representados por "Doce" e "Vestido de Prata", e suas virtuosas programações cheias de grave dão as caras em "Treme Terra" (sugestivo, não?) e "Sapo Cururu" (música do teaser acima).
Este é certamente um dos CDs que qualquer um com um mínimo de bom gosto e atenção ao mercado musical corre como louco pra ter. Virtualmente ele já está aí. Não nos agradeça, brinde o Curumin.
4 comentários:
Olá, cheguei por acaso... procurando o B Negão.
Queria saber se no Brasil tem algum movimento cercano do dancehall jamaiquinho.
Obrigado pelo blog.
ViaFarra.
Opa, Cristian, felizmente você chegou aqui por algum acaso, esperamos que a partir de agora volte sempre. Por aqui tem sempre alguma coisa boa e nova rolando, basta ficar ligado.
A respeito do dancehall jamaicano feito aqui no Brasil, temos algumas indicações:
http://dreadsolto.org/index.php?q=node/135
http://arcanjoras.blogspot.com.br/
http://www.riddimbase.org/riddimbase.php
http://beagaska.wordpress.com/2009/01/05/dancehall-e-raggamuffin/
Esperamos ter ajudado. ;)
Até que enfim achei o 'Arrocha' do Curumin. Valeu pelo tapa na orelha!
Leo César.
Valeu pela visita e comentário, Leo César. Vasculhe por aí porque tem muita joia no blog! Abraços!
Postar um comentário