Estava me questionando se a banda Do Amor é uma banda parcialmente conhecida por muitos, ou muito conhecida por poucos. Refleti um pouco e a melhor conclusão que cheguei, foi que eles conseguem ocupar as duas posições ao mesmo tempo. Explico: Ricardo Dias Gomes (baixo e voz) e Marcelo Callado (bateria e voz) formam a banda “Cê” que acompanha Caetano Veloso. Gustavo Benjão (guitarra e voz) já tocou com muita gente do meio musical, como Nina Becker, Lucas Santtana, e tal. Gabriel Bubu tocava nos Los Hermanos. Mas até então eles não tinham apresentado um trabalho autoral.
As primeiras cinco músicas foram gravadas em 2007, no Ponto de Cultura de Vargem Grande, Rio de Janeiro, e deram origem ao primeiro EP da banda, lançado em julho do mesmo ano com excelente repercussão. Todas as 1.000 cópias se esgotaram rapidamente e em 2008 a banda começou a gravar o primeiro disco, de mesmo nome do grupo. O produtor desta empreitada é Chico Neves, responsável por discos do Skank, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, e Lenine.
Lançado em 2010, em multiplataforma, numa parceria do selo mineiro + Brasil Música com o selo Estúdio 304 (do próprio Chico) com a Vinyl Land, este disco é uma obra-prima experimental. É uma proposta da banda a seu público, ideias imaginadas pelos integrantes e expostas em forma de... som! Mas não é tão simples como parece. Que som é esse? Aí que está! Os músicos, que já beberam em tantas fontes de influência musical, fazem uma intensa e empolgante viagem por uma extensa gama de ritmos que vão do Axé dos anos 80 ao Rock, passando pela Música Africana, Tropicália, Guitarrada, Dub, Jovem Guarda, Carimbó, BRock, Funk, Soul, e pelo nosso Carnaval.
Rodrigo Amarante chegou a dizer que o disco é um disco-pergunta, não um disco reacionário, que o Do Amor “chega chegando e não quer nem saber”. Por aí você já saca o moral dos caras, né? Se você não for um mané e não der mole, vai ter este álbum com certeza!
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