Abusando das programações e sintetizadores, Juninho Costa (a.k.a. Junix) produziu o álbum em seu homestudio - forma que cresce a cada dia com a popularização de softwares e aparelhamento adequado - e de forma colaborativa, foi ajudado por diversos músicos. Chico Correa (PB), Júlia Says (PE), João Meirelles (BA), Cláudio Manoel a.k.a. Angelis Sanctus (BA), Edbrass (BA), Mangaio (BA), Riffs (BA) e Boeing (BA) contribuíram para o projeto adicionando elementos ao esboço de música enviadas a eles pela internet por Junix. Desta forma, o disco foi tomando novos rumos, encontrando novos ares e se deparando com novos horizontes, fruto de um trabalho colaborativo e democrático onde todos podem opinar e até mesmo alterar as diretrizes inicialmente concebidas.
Pauliño Nunes, do coletivo pernambucano Júlia Says, conta como foi parte do processo criativo: "Resolvemos utilizar um processo de sobreposição de camadas e texturas, mas tudo de forma espontânea, criando pequenos sons aqui e ali, que quando juntos interferem totalmente na música como um todo, algo bem como microorganismos vivos. Utilizamos percussões e sintetizadores virtuais e guitarras, para criar essas camadas e o resultado ficou bem interessante, tornando possível a cada audição a descoberta de novos detalhes na faixa."
Dia 26 tem mais um encontro do coletivo com entrada franca.
A análise acima descreve bem a percepção do ouvinte, que a cada nova audição do disco capta algum novo elemento, muitas vezes pertencente ao universo da música eletrônica, africana, instrumental, avant garde e game music. Certamente abstrato, "Música Visual" é também um marco na concepção da música, utilizando elementos outrora desprezados pela música clássica para produzir o efeito inebriante e prazeroso que só a boa música é capaz de despertar. Experimente!
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