8 de fev. de 2013

Sou! Eu Sou Vinicius Enter! O que você quer de mim?


Código genético com síntese de proteínas do mangue.  Intrigante, e com a essência de suas raízes



Vinicius Enter estava perto de desistir da música, cinco anos atrás: "No dia da vitória de Lula, eu fui ao Bairro do Recife ver um show da Mundo Livre S/A. Depois fui ao bar Burburinho, onde reencontrei um amigo. A gente conversando, ele perguntou se eu não queria inscrever um projeto de disco no sistema de lei de incentivo da prefeitura", conta. O projeto foi aprovado. O disco começou a ser feito, em 2004, e só foi concluído no começo deste ano. Mas vieram problemas pessoais, de saúde (teve duas pneumonias), e técnicos (perdeu as músicas armazenadas no HD do micro). "Mas consegui terminar exatamente como queria. Bolei os arranjos e entreguei a cada uma das pessoas que participaram", diz Vinicius, que fez de Dedo Indicador um trabalho conceitual: "Uma trilha de um suposto filme, baseado no meu conto que tem este nome. Eu quero fazer um roteiro, espero que apareça alguém interessado em patrocinar o filme", diz ele, que pretende lançar o disco o mais breve possível. "Porém o importante não é o objeto, e sim o conteúdo", comenta ele, revelando que já está com o repertório de um segundo CD pronto. 'Será bem diferente deste, mais orgânico, com menos programações e mais guitarras sujas"

Há 28 anos ele se envolveu com a música. Com seu vizinho Fred Zeroquatro, também adolescente, Vinicius criou a turma punk de Candeias. "Comecei a compor influenciado por Fred, que estava sempre com o violão e já fazia umas músicas bem interessantes. Fizemos até uma parceria. Por intermédio de Fred, conheci Renato L. A gente ouvia muito Patti Smith, Velvet Underground. A primeira banda de Fred foi a Trapaça, o nome vinha daquela história dos Sex Pistols, The Great Rock and Roll Swindle. Depois ele criou a Serviço Sujo, e Renato L, a Sala 101. A minha primeira banda foi a Câmbio Negro, que era formada por mim, Carlinhos Lampra, o da loja Discossauro, e Nino, na bateria", historia.....
Caranguejos com Cérebro by Vinicius Enter

A música de Dedo Indicador não é fácil. É o disco mais experimental da geração dele. São apenas dez faixas e nenhuma concessão. Caranguejos com Cérebro, música que Fred Zeroquatro considera uma das cinco melhores composições pernambucanas do século XX, está no CD, continua atual, com programações, vocais e ênfase na percussão. As demais músicas são sombrias, minimalistas, com repetição de células rítmicas, métricas diferentes: "Não gosto de comparações. Já me compararam a Tom Zé. Quando disseram isto, de Tom Zé eu só conhecia Parque Industrial, em 1992. Disseram que lembra Björk. Eu nunca ouvi Björk", comenta. Depois de escutar o Tom Zé que não conhecia, Vinicius presta-lhe uma homenagem com um sampler de Conto de Fraldas enxertado na sua Código Genético. Ele canta, faz programações, toca, mas o disco está repleto de participações: Mabuse (que assina o projeto da capa), Isaar, Júnior Areia, Juliano Holanda, Mário Sérgio, Spider, Alexandre Urêia, Ebel Perrelli, Júnior Black, Leo D, entre muitos outros. Uma equação que Vinicius deve solucionar quando começar a fazer apresentações, no segundo semestre. "Claro que não vou poder contar com todos no palco. Mas o que sei é que agora quero viver só de música, sair pelo Brasil fazendo shows".





Por que Vinicius Enter?

Vinicius Enter: Surgiu de um trocadilho de mau-gosto feito por um amigo meu. Daí, por ser um pseudônimo naturalmente conceitual e por soar bem, desenvolvi a idéia e a adotei. Devo esclarecer que sou Vinicius Enter muito antes de Chico (Science) ter composto a faixa ‘Mateus Enter’, do disco ‘Afrociberdelia’, pois me perguntam muito sobre isso. E meu nome de batismo é realmente Vinicius (Vinicius de Vasconcelos Vieira Pires).







O trabalho tem um conceito pesado e deixa o ouvinte com uma questão latente na mente: como não conhecia Vinicius Enter?


 





Fonte: EuOvo
          Myspace.com

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