Não, o Gramofone não se vendeu e nosso foco não mudou da água pro vinho, ou da música contemporânea pra putaria. O negócio é que Mr. Catra rei do funk carioca (ou "operário do funk", como ele diz) colocou sua voz grave neste belo disco de samba. Um artista tão popular como ele e com um trabalho de tão boa qualidade não pode ficar de fora.
Como adiantou o Fita Bruta o disco não é nada farofa e segue a trajetória bem sucedida do cantor. Entre sambas, pagodes e samba-rocks, o álbum revela outra face de Mr. Catra, que já havia cantado rock na banda O Beco, e funk carioca como continua fazendo. Sua voz grave e consistente é o complemento natural ao samba que, com honestidade, ficou melhor que seu trabalho como MC - que é também admirável, mesmo que questionável pela qualidade e engajamento das letras.
De toda forma, é satisfatório ver artistas de qualidade se envolvendo em bons projetos musicais. O álbum foi produzido por Pedrinho Ferreira (ex-produtor do SPC) e teve a participação da banda Skema Novo. Há ainda composições do flamenguista Márcio Local como em Happy End. Este é o melhor som do Mr. Catra que eu já ouvi e tenho certeza que você sentirá a mesma coisa. Vale muito a pena ter este som aí, pode confiar.
Clique nas músicas para assistir aos vídeos hospedados pelos amigos do Fita Bruta:
1) Swing 021
2) Triste Fim da Mina
3) Só Não Pode Me Bater
4) Baseado na Lei do Samba
5) Eu Só Quero Paz
6) Chapa Quente
7) Happy End
8) Mangueira é uma Mãe
9) Tão Lindo
10) Essência de Poeta
11) Sua Foto
12) Evolução
13) Minha Vida É um Milagre de Deus
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