O uso das mídias sociais como estratégia de marketing para músicos independentes no Brasil

Um dos principais motivos que me manteve ocupado ao longo dos últimos meses pode agora ser acessado e compartilhado livremente por todos vocês, leitores do Gramofone.

"O uso das mídias sociais como estratégia de marketing para músicos independentes no Brasil" é o título da monografia que apresentei no dia 23 de novembro de 2012 como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Administração. Sim, este ser que vos escreve sobre música acaba de concluir o curso citado. Mais uma etapa concluída, vamos agora seguir o caminho do coração. Estou indo para Curitiba no início de 2013 para realizar um curso intensivo em Produção Musical, e vamos ver o que é que rola. Uma coisa já tenho certeza: quero trabalhar com música e cultura para o resto da minha vida.

Como precisava fazer um trabalho extenso e laborioso, que é a monografia, para concluir minha graduação, pensei: "Por que não falar de um tema que me interesso realmente, e já estou, em parte, envolvido com o trabalho lá no Gramofone?" Ora, posso dizer que foi uma das melhores ideias que tive neste ano. Não fosse um assunto que me despertasse tanta paixão, talvez eu tivesse abandonado o barco e visto ele naufragar sozinho.

No decorrer do processo precisei fazer algumas escolhas importantes, e o reconhecimento positivo que venho tendo desde então, me provou que fiz as opções corretas ao seguir meu coração. Fui aprovado com nota máxima na banca examinadora, que também fez muitos elogios a coragem de fazer um trabalho original e exploratório, e recebi de uma das professoras a sugestão de condensar o estudo e transformá-lo em um artigo para ser publicado. Não bastasse isto, em uma feliz sincronicidade encontrei Pena Schmidt no chat de um debate ao vivo que estávamos assistindo sobre ECAD e a necessária reforma da lei sobre direitos autorais. Falei com ele que havia o mencionado no estudo e ele se interessou em ler o trabalho. Quanta honra! Você sabe quem é Pena Schmidt? Leia isso. Para completar minha felicidade, veja o que ele, um dos maiores produtores musicais da história do Brasil, generosamente disse sobre o estudo.

O principal foco do estudo é para músicos independentes que queiram compreender mais didaticamente o atual panorama da indústria fonográfica brasileira, e aproveitar as melhores estratégias digitais para difundir eficientemente sua música. Apesar disto, não estão excluídos deste contexto os produtores musicais e culturais do país, e os comunicadores da nossa música, que podem ter aqui um importante suporte acadêmico para as novas práticas do setor.

Abaixo, reproduzo integralmente o resumo do trabalho e em seguida disponibilizo o download integral da obra, que pode - e deve - ser livremente reproduzida e utilizada como suporte para o desenvolvimento de outras pesquisas na área. Afinal, como o próprio Pena disse, "o mundo pop precisa dessas referências sólidas".


RESUMO:

Este trabalho procura compreender as mídias sociais como ferramenta de divulgação para músicos independentes no atual panorama da indústria fonográfica brasileira. Nele encontra-se uma revisão de literatura sobre mídias sociais e sobre a cena da música independente no Brasil, além de um estudo de caso que busca identificar quais estratégias online têm sido adotadas por artistas independentes no país. Procura-se compreender como músicos independentes podem difundir eficientemente sua música no cenário musical contemporâneo. Recentes cases de sucesso apontam para as mídias sociais como elemento fundamental neste momento da música brasileira.

Palavras-chave: Mídias sociais. Músicos independentes. Indústria fonográfica.


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Quero agradecer a todos que me apoiaram durante o desenvolvimento deste estudo, desde os professores que se envolveram, os amigos que passaram boas energias, meus pais que permitiram tudo isto, ao grande Pena Schmidt, e a todos vocês, leitores fiéis do Gramofone, que sempre me incentivaram a seguir em frente. Obrigado de coração, estamos juntos pela música brasileira e estamos só no início. Vamos em frente!